ATA DA SEPTUAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 16-9-2004.

 


Aos dezesseis dias do mês de setembro de dois mil e quatro, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Beto Moesch, Cláudio Sebenelo, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Professor Garcia, Raul Carrion e Sofia Cavedon. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Carlos Pestana, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol e Wilton Araújo. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Oitava Sessão Extraordinária, Sexagésima Primeira, Sexagésima Segunda, Sexagésima Terceira e Sexagésima Quarta Sessões Ordinárias que, juntamente com as Atas da Sexagésima Sessão Ordinária, da Trigésima Oitava Sessão Solene e da Segunda Sessão Especial, deixaram de ser votadas, face à inexistência de quórum deliberativo. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Beto Moesch, o Pedido de Providências nº 1760/04 (Processo nº 4534/04); pela Vereadora Clênia Maranhão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 195/04 (Processo nº 4467/04); pelo Vereador Elói Guimarães, o Pedido de Providências nº 1808/04 (Processo nº 4627/04); pelo Vereador Haroldo de Souza, os Pedidos de Providências nos 1754, 1755, 1773, 1774, 1775, 1776, 1777, 1778, 1779, 1780, 1781, 1782, 1783, 1784, 1785, 1786, 1787, 1788, 1789, 1790, 1791, 1792, 1793, 1794, 1795 e 1796/04 (Processos nos 4524, 4525, 4578, 4579, 4580, 4581, 4582, 4583, 4584, 4585, 4586, 4587, 4588, 4589, 4590, 4591, 4592, 4593, 4594, 4596, 4597, 4598, 4599, 4600, 4601 e 4602/04, respectivamente); pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providências nos 1767, 1768, 1769, 1770, 1771, 1801, 1802, 1804, 1805, 1806 e 1807/04 (Processos nos 4557, 4558, 4559, 4560, 4561, 4618, 4620, 4622, 4623, 4624 e 4626/04, respectivamente); pelo Vereador Pedro Américo Leal, o Pedido de Providências nº 1766/04 (Processo nº 4556/04); pelo Vereador Professor Garcia, os Pedidos de Providências nos 1761, 1762 e 1763/04 (Processos nos 4535, 4536 e 4537/04, respectivamente). Ainda, foi apregoado o Memorando nº 390/04, firmado pela Vereadora Margarete Moraes, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa que a Vereadora Helena Bonumá se encontra representando externamente este Legislativo na Abertura da Conferência Nacional de Inclusão Digital, promovida pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, realizada na Sala Multiusos do Santander Cultural, hoje, a partir das quatorze horas. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 150387, 150389, 150390, 151105, 151106 e 151108/04, da Senhora Márcia Aparecida do Amaral, respondendo pela Diretoria Executiva do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Após, constatada a existência de quórum, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador João Bosco Vaz, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão, iniciando-se o GRANDE EXPEDIENTE, hoje destinado a assinalar o transcurso do Dia do Professor de Educação Física, nos termos do Requerimento n° 128/04 (Processo n° 3785/04), de autoria do Vereador João Bosco Vaz. Compuseram a MESA: o Vereador Elói Guimarães, 1º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, presidindo os trabalhos; a Senhora Jeane Cazelato, Presidenta do Conselho Regional de Educação Física; o Senhor Álvaro Laytano, Presidente da Associação dos Profissionais de Educação Física; o Senhor Tarso Marcadela, professor de Educação Física; o Vereador João Carlos Nedel, 1° Secretário deste Legislativo. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador João Bosco Vaz, como proponente desta solenidade, saudou o transcurso do Dia do Professor de Educação Física, asseverando que a proximidade que possui esse profissional com seus alunos o transforma em modelo e influência constantes, sendo conselheiro e peça fundamental na formação da personalidade do jovem. Finalizando, parabenizou o Governo Estadual pela implantação dos Projetos “Asas para voar” e “Escola Aberta”. A Vereadora Sofia Cavedon teceu considerações acerca das exigências de constante qualificação e atualização exigidas do professor de Educação Física, analisando o papel por ele exercido dentro do universo escolar. Também, discorreu acerca do processo de reestruturação curricular ocorrido nas escolas da rede municipal de ensino, declarando que as mudanças filosóficas e pedagógicas implantadas refletiram diretamente na valorização do trabalho realizado pelos profissionais dessa área. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença do Capitão Daniel Lopes dos Santos, professor de Educação Física e Diretor do Instituto Beneficente Coronel Massot, da Brigada Militar. Na ocasião, o Vereador Reginaldo Pujol solicitou que o Vereador Professor Garcia se manifestasse também, em Grande Expediente, em nome da Bancada do Partido da Frente Liberal. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Professor Garcia lembrou a aprovação, pela Casa, do Projeto que originou a Lei Municipal nº 8.314/2001, a qual instituiu o dia primeiro de setembro como o Dia do Profissional de Educação Física. Igualmente, discorreu sobre o processo de criação do Conselho Federal de Educação Física, salientando que essa entidade resultou da mobilização dos profissionais da área, sendo o único Conselho Federal brasileiro criado sem a tutela do Poder Público. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Professor Garcia, dando continuidade ao seu pronunciamento em Grande Expediente, manifestou-se cerca de políticas públicas voltadas ao desporto, citando a Lei Federal de Incentivo ao Desenvolvimento do Esporte e programas municipais, como o Troféu Movimento e os Jogos da Terceira Idade. Finalizando, afirmou que se observa um reconhecimento e um interesse crescentes pela atividade do profissional de Educação Física. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Ervino Besson prestou depoimento acerca da influência exercida pelo Coronel Bruno Castro de Graça, professor de Educação Física, sobre recrutas que serviram ao Exército em nossa Cidade durante o ano de mil novecentos e sessenta e quatro, entre eles Sua Excelência. Sobre o assunto, declarou que os benefícios do contato com esse profissional foram básicos para o fortalecimento e amadurecimento da personalidade daqueles jovens. Em prosseguimento, o Senhor Presidente concedeu a palavra à Professora Jeane Cazelato, que destacou a importância do registro hoje feito por este Legislativo, com referência ao transcurso do Dia do Professor de Educação Física. Às quinze horas e quatorze minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e dezesseis minutos, constatada a existência de quórum. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador João Antonio Dib questionou contrato assinado pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre com a Petróleo Brasileiro Sociedade Anônima - PETROBRÁS, para pavimentação de ruas da Cidade, afirmando que esse contrato não se alicerça na legislação vigente para licitações públicas. Ainda, referiu-se a denúncias efetuadas anteriormente por sua Excelência, quanto ao uso de cartas-contrato para contratação de pessoal pelo Governo do Município. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Ervino Besson pronunciou-se sobre as comemorações da Semana Farroupilha em Porto Alegre, destacando a grandiosidade do acampamento montado no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Também, defendeu a revitalização do espaço físico nesse local, criticando o estado de conservação do lago ali localizado e solicitando o engajamento da Câmara Municipal de Porto Alegre na recuperação do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. O Vereador Elói Guimarães convidou a todos para a Sessão Solene de hoje, às dezenove horas, e abordou as condições físicas do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, alegando que Sua Excelência propôs, por meio de Pedido de Providências, medidas para melhorar a situação dessa área. Também, relembrou obras realizadas no local quando o Senhor Leonel de Moura Brizola foi Prefeito de Porto Alegre, opinando que a população freqüentadora do Parque merece melhores instalações. O Vereador Elói Guimarães, em tempo cedido pelo Vereador Elias Vidal, dando continuidade ao seu discurso em Comunicações, posicionou-se contrariamente à idéia de cercamento dos parques de Porto Alegre e apoiou a participação de todos nas comemorações da Semana Farroupilha. Ainda, enfocou as homenagens prestadas durante a Semana Farroupilha aos valores de solidariedade e fraternidade, desejando que no futuro o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho tenha melhores condições de uso. O Vereador Cláudio Sebenelo elogiou a festa realizada no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho em comemoração ao transcurso da Semana Farroupilha, ressaltando o enfoque dado à tradição, às artes, à culinária e à cultura gauchesca por esse evento. Nesse sentido, sublinhou as qualidades do homem gaúcho e manifestou-se favoravelmente à evolução que os Centros de Tradições Gaúchas apresentaram nos últimos anos, declamando um trecho do Hino Rio-Grandense. O Vereador Haroldo de Souza propôs a utilização dos terrenos baldios de Porto Alegre para o cultivo, pelos moradores do entorno, de hortas familiares, afirmando que essa idéia apresentou bons resultados em Curitiba, no Paraná. Também, assegurando que as obras realizadas pela Prefeitura Municipal só têm-se desenvolvido com rapidez por estarmos em ano de eleições, repudiou a colocação de propaganda política em postes e comemorou as notícias sobre o crescimento econômico do Brasil. Às dezesseis horas e três minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo Vereador Haroldo de Souza, o Senhor Presidente declarou encerrada a presente Sessão, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Elói Guimarães e Pedro Américo Leal, este nos termos do artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados pelo Vereador João Carlos Nedel. Do que eu, João Carlos Nedel, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra para um Requerimento.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a inversão da ordem dos trabalhos, para que passemos, de imediato, ao período de Grande Expediente, a fim de assinalar o transcurso do Dia do Professor de Educação Física.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento do Ver. João Bosco Vaz. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

Hoje, o período é destinado a assinalar o transcurso do Dia do Professor de Educação Física, nos termos do Requerimento nº 128/04, de autoria do Ver. João Bosco Vaz.

Convidamos para compor a Mesa dos trabalhos o Sr. Álvaro Laytano, Presidente da Associação dos Profissionais de Educação Física; a Srª Jeane Cazelato, Presidenta do Conselho Regional de Educação Física; e o Coronel Tarso Marcadela, Professor de Educação Física.

Saudamos os integrantes da Mesa, Vereadores, Vereadoras e pessoas que acompanham a presente Sessão, que homenageia o Dia do Professor de Educação Física.

O Ver. João Bosco Vaz, proponente desta homenagem, está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Solicitei o período de Grande Expediente nesta data para reconhecer, valorizar e engrandecer cada vez mais o professor de Educação Física e homenageá-lo pelo seu dia, que foi dia 1º de setembro. Quero parabenizar o Ver. Professor Garcia, que é um grande batalhador da categoria, homem que lutou pelo Conselho e hoje é Conselheiro Federal; e a Verª Sofia Cavedon, também professora de Educação Física, que hoje veio usando um abrigo, em homenagem à categoria.

Eu não poderia deixar de solicitar este ato simples, singelo, mas de coração, porque eu precisava, publicamente, de uma forma ou de outra - e encontrei esta - na Casa do Povo, para agradecer aos professores de Educação Física pelo reconhecimento que tenho tido nesse meu trabalho para que a educação aconteça através da Educação Física.

Não sou um professor de Educação Física - essa é uma frustração -, mas convivo com as dificuldades da categoria, convivo com os anseios e as inquietudes da categoria. Costumo dizer que sou um prático da categoria, embora, obviamente, eu não exerça a profissão.

O professor de Educação Física ganhou grande importância no desenvolvimento das crianças e dos adolescentes, na formação das suas personalidades, na formação do seu caráter. No período em que o professor de Educação Física está próximo das crianças e dos adolescentes ocorrem conversas, aconselhamentos, enfim, ele se torna um amigo e, na maioria das vezes, um confidente. Vemos a importância do professor de Educação Física quando nós pregamos a qualidade de vida, Ver. Sebenelo, quando nós exigimos retirar das ruas as crianças e adolescentes para que fujam das drogas, para que fujam das más companhias, para isso é preciso que o professor de Educação Física esteja presente; é preciso que os Governos tenham programas para valorizar essa categoria.

Como eu disse antes, quero agradecer muito, de coração, pela homenagem que recebi da categoria, que me entregou o Troféu Movimento, um reconhecimento pela minha luta para o desenvolvimento do esporte, mesmo eu não sendo um professor de Educação Física, e pela minha luta para que a categoria seja reconhecida. Agora mesmo estamos numa cruzada, juntamente com o Ver. Garcia, porque surgiu um Projeto - graças ao bom Deus já vetado pelo Sr. Governador - que pretendia proibir a prática da Educação Física nas escolas a partir das dez horas da manhã. É um absurdo isso, Vereador-Presidente Elói Guimarães, mas o Ver. Garcia - que vai pronunciar-se depois e que também participou comigo diretamente nessas negociações junto ao autor dessa proposição e também junto ao CREF, à APEF e com o Sr. Secretário da Educação - sabe o quanto foi difícil tentar convencer – e não conseguimos até agora – o autor dessa proposta de que ela é inócua, que não vai levar absolutamente a nada, que vai prejudicar a categoria, vai prejudicar as crianças, vai prejudicar as escolas.

Vejo aqui o Casanova, ex-presidente da APEF; o Professor Edgar Meurer, Diretor Técnico da Fundergs - ambos participaram dessa luta. Então, se a profissão de Educação Física, que até há bem pouco tempo não era reconhecida, imaginem só, a profissão do Professor de Educação Física não era reconhecida e os senhores com essa luta fantástica conseguiram reconhecê-la e inúmeros companheiros do Rio Grande do Sul - repito -, entre eles o Professor Garcia, tiveram essa brilhante proposta e conseguiram, como pode alguém apresentar uma proposta na Assembléia Legislativa, querendo modificar completamente essa atitude?

Então, queria deixar aqui o abraço, não só o meu, mas o de todos os Vereadores, reconhecendo a importância da profissão. Eu sempre digo que não consigo ver a educação sem ser através da Educação Física, sem ser através do esporte, sem ser através da ocupação, sem ser através de uma cabeça muito boa, sem ser através de uma prática esportiva boa; eu não consigo ver. A educação sozinha é incompleta se os professores, em si, não forem reconhecidos. Agora mesmo nós estamos lutando para que a Fundergs consiga – já falei antes com o Professor Edgar, que está aqui – desenvolver os projetos que vem fazendo.

O nosso Secretário da Educação, José Fortunati, está com um Projeto esportivo nas escolas, o "Asas Para Voar", que tem feito um grande sucesso; também fez o Projeto da Escola Aberta, que tem tido uma grande aceitação.

Então, todos nós sabemos da importância da profissão e da necessidade do seu reconhecimento. É aquilo que eu sempre preguei: os pais precisam saber para quem estão entregando seus filhos. Temos curiosos em academias; temos curiosos intitulando-se professores; temos curiosos intitulando-se técnicos; temos curiosos – assim como na minha área, no jornalismo – entre os professores de Educação Física. E por isso o CREF, Jeane, tem que estar atento, tem que fazer essa fiscalização funcionar, tem que exigir o curso para quem é, ou que tem condição de ser provisionado. Nós temos no Jornalismo provisionados, porque, quando a nossa profissão foi reconhecida, e veio o diploma, aquelas pessoas que já trabalhavam tiveram o seu reconhecimento. Então, vocês precisam valorizar-se mais, precisam continuar com esses encontros como o de Capão de Canoa e o de Tramandaí, que é uma especialização. Fora da especialização não há salvação.

Por isso, eu deixo aqui um abraço, um reconhecimento, e, mesmo não sendo um professor de Educação Física, fiz questão de pedir esse Grande Expediente para agradecer publicamente o reconhecimento que os senhores têm em relação à minha pessoa pela minha luta, pela nossa amizade acima de tudo. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra em Grande Expediente.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Os componentes da Mesa representam aqui a APEF que faz parte, com certeza, da minha formação, porque houve uma época em que eu não perdia nenhum dos encontros em Tramandaí. Era uma época na qual havia uma discussão muito forte sobre o sentido da Educação Física, do seu papel na escola, e fez com que a minha formação, a minha sensibilização como militante da Educação acontecesse por dentro do meu curso de Educação Física; papel fundamental da APEF, naquele momento, que agora acompanho um pouco menos em função da diferenciação das minhas atividades.

Eu não podia deixar de registrar e me somar à homenagem que propõe o Ver. João Bosco Vaz que, apesar de não ser formado na área, mas percebe-se, pela sua atuação, o quanto valoriza a nossa área da Educação Física. Eu queria, em nome do Partido dos Trabalhadores, somar-me a essa homenagem, registrando que o Ver. Garcia, que é conselheiro do Conselho Federal de Educação Física, é um militante importante nessa área. Marcando este dia, todos nós fazemos uma tarefa muito importante: que é nos somarmos à luta pela valorização da área do trabalho dos profissionais de Educação Física, pela superação da precarização das relações de trabalho, pelos espaços de trabalho, especialmente os formandos em Educação Física. A gente sabe da sua luta pela sobrevivência: como é árdua e o quanto ainda é difícil a garantia de condições de trabalho, e com menor penosidade.

Esta homenagem ajuda na luta pelo reconhecimento de que essa formação é fundamental e necessária para atuar nessa área, que é uma área delicada e poucas vezes reconhecida pela sociedade, pois é preciso, sim, estudar, e muito, para atuar na área de Educação Física; estudar e refletir esse trabalho. Não só na questão técnica, especialmente na concepção do trabalho, na concepção de educação a favor do que se atua na área de Educação Física.

Houve um tempo, na escola em que eu dava aula de Educação Física, do Jardim a 8ª série, essa era a única disciplina em que não se rodavam alunos. E era, com certeza, na visão da maioria, porque não era uma disciplina com muita importância, porque não tinha conhecimentos significativos a serem exigidos. Mas, talvez, o real motivo para isso fosse que os professores de Educação Física se negassem a padronizar, a dar uma nota para uma área para a qual, na verdade, hoje, começa-se a construir uma outra concepção de educação, em que cada aluno, cada criança e cada adolescente, tenha o direito a seu desenvolvimento diferenciado no seu tempo, na sua especificidade; e a Educação Física já percebia isso.

Eu era uma daquelas professoras que sentava ao lado do aluno e definia, junto com ele, a nota ou conceito que ele iria receber, porque a Educação Física era mais um desafio, mais uma abertura, uma oferta da oportunidade, do movimento, do crescimento, do conhecimento, de um conhecimento significativo, integrado à vida, à cultura daqueles alunos. Então, era uma área que, talvez, já revolucionava a avaliação na escola, apesar de muitos não saberem, não é Ver. Garcia? Já revolucionava, porque se negava a padronizar e classificar os alunos na sua área, e era, portanto, com mérito, a disciplina que não reprovava.

Hoje a gente discute outra forma de Educação, e a Educação Física ensina muito. Por muito tempo os professores de Educação Física, e muitos ainda repetem: é aquele professor que não vai às reuniões, porque não está a fim de discutir a pedagogia; é aquele professor que é discriminado, e ele é, de fato, muitas vezes discriminado, porque essa área era discriminada, porque o corpo do aluno, o corpo do ser humano, estava fora da escola, porque tínhamos a concepção de dividir o ser humano em corpo e mente, e a área da Educação Física está ensinando muito ao conjunto das disciplinas. Nós precisamos receber o aluno integral, por inteiro, pois nós não temos um corpo - nós somos um corpo -, e saber que nós temos direito à corporeidade diferenciada, que nós temos direito a experiências corporais mais diversificadas; que a gente tem direito a tempos diferentes, ao ritmo diferente; que o aluno, que a aluna, e que o professor tem direito a ser gordinho, a ser mais lento, a ser descoordenado, e poder, mesmo assim, ser feliz, realizar-se, encontrar a sua corporeidade, tocar nos outros, encontrar e construir uma cultura de movimento, o que é fundamental na infância, o que é fundamental na adolescência, e que vai ser fundamental pela vida toda, para a saúde, para o bem-estar, para o bom humor, para uma vida mais qualificada.

O papel da Educação Física é fundamental na escola, é fundamental na vida de todo ser humano, na constituição do seu ser humano, na sua constituição de humano.

Eu me orgulho muito da caminhada da Rede Municipal de Ensino por ser uma caminhada que valorizou, sim, o professor de Educação Física. Há pouco tempo nós conquistamos ter Professor Especializado em Educação Física, desde os 6 anos de idade, na Rede Municipal de Ensino. O processo de reestruturação curricular recente que nós vivemos, que foi progressivo, incorporou muitos professores de Educação Física nomeados na Rede Municipal de Ensino. É uma das áreas que, como eu acompanhei como Secretária Adjunta, e depois como Secretária, é uma das áreas em que mais nós nomeamos professores, porque não existia; a Educação Física não era reconhecida e não era oportunizada no antigo CAT (Currículo por Atividade) nas séries iniciais; nós reconhecemos e construímos como uma área fundamental, e nomeamos muitos professores. Há, pelo menos, dois períodos de Educação Física desde os 6 anos de idade. E esses professores fazem a diferença, com toda a certeza, numa escola que trabalha com muito mais qualidade.

Os jogos da Escola Cidadã, que valorizam esse esforço, a formação permanente dos professores - não só na área da Educação Física - no debate educacional, no debate político, na troca de experiências, no encontro com os seus colegas, e com os outros colegas das outras áreas. A rede de professores de Educação Física tem respondido à altura. Nós temos hoje um trabalho de dança de primeira linha na Rede Municipal que não é numa escola. Todas escolas têm trabalho de dança na Rede Municipal, existe a capoeira, existe o atletismo, que tem um destaque grande; diferentes esportes, e principalmente uma caminhada que constrói um esporte solidário, a oportunidade do movimento e a valorização do profissional como qualquer outro, com a sua formação e com a sua possibilidade de transformação do mundo.

Então, parabéns às entidades, parabéns ao professor de Educação Física e à bela caminhada que a Educação faz com esses profissionais maravilhosos. Obrigada. (Palmas.)

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Queremos registrar a presença do professor de Educação Física e Capitão da Brigada Militar Daniel Lopes dos Santos, Diretor do Instituto Beneficente Cel. Massot da Brigada Militar. (Palmas.)

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra.

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, considerando que o Partido da Frente Liberal não está inscrito no dia de hoje para ocupar o Grande Expediente, e solidário com a homenagem que está sendo prestada, nós solicitamos ao Ver. Professor Carlos Garcia que, quando usasse da palavra, o fizesse também em nosso nome. É a nossa solidariedade para com a homenagem.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Recolhido o Requerimento de V. Exª ao Ver. Professor Garcia.

O Ver. Professor Garcia está com a palavra, em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Aldacir Oliboni.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Exmo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre neste ato, Ver. Elói Guimarães (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Prezado Ver. João Bosco Vaz, proponente desta homenagem, queremos registrar que, neste ato, além do PFL, pelo Ver. Reginaldo Pujol; falamos também em nome do PSDB pelos Vereadores Luiz Braz e Cláudio Sebenelo; pelo PCdoB, Ver. Raul Carrion; pelo PP: Vereadores João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Beto Moesch e o Vereador também professor de Educação Física e Coronel, Pedro Américo Leal.

É com bastante alegria que esta Casa, por intermédio da proposição do Ver. João Bosco Vaz, saúda os profissionais de Educação Física. No dia 1º de setembro, desde 1998, comemora-se o Dia deste profissional. Desde 2001, ingressamos com uma Lei, e hoje em Porto Alegre é uma Lei Municipal, que estabelece que o dia 1º de Setembro é o Dia do Profissional de Educação Física.

Queremos também saudar alguns colegas nossos: já foi saudado o professor Daniel; o Professor Francisco, Conselheiro Regional; o Professor Paulo Casanova, Vice-Presidente da APEF; Professora Cida, Professor Luiz Cunha Martins, que inclusive trabalha no gabinete do Ver. João Bosco Vaz.

A Educação Física, ao longo desses anos, tem crescido muito como profissão, mas quero ressaltar também que o profissional de Educação Física, dentro da escola, sempre é uma pessoa ímpar, porque na sua proposta de trabalho, nas suas atividades, ele é uma pessoa que, sem sombra de dúvida, é amado pelos seus alunos, e não é por acaso que nós temos centenas e centenas de profissionais de Educação Física hoje diretores de escolas públicas, sejam elas Estaduais e Municipais, escolas essas, cujos diretores são fruto de eleições diretas, mostrando que a figura do profissional de Educação Física tem um carisma junto à sua coletividade.

Ao longo desses anos, eu sempre gosto de dizer que estou Vereador, eu sou Professor de Educação Física, Professor há 31 anos e dizer que a primeira ação nossa aqui na Câmara, foi a criação de uma Lei que instituiu a obrigatoriedade de um profissional de Educação Física responsável nas academias, Lei essa que inclusive a professora Jeane, na época como Assessora Parlamentar, ajudou-nos muito; fizemos uma lei, e depois foi apresentado um Substitutivo. Essa lei inclusive foi apresentada antes da própria criação do Conselho em 1998. E é importante também salientar um pouco da história do Conselho, porque, em 1984, foi a primeira vez em que se fez, de forma efetiva, a proposta da criação de um Conselho Federal de Educação Física. Tramitou por 5 anos, foi aprovado e, em 1989, quando chegou às mãos do então Presidente José Sarney, foi vetado. E começou um novo movimento, então, em 1995, e naquela época, inclusive - acho que é importante ressaltar isso - a proposta foi de um Deputado Federal, hoje Prefeito de Bento Gonçalves, Darci Pozza, que é uma pessoa que também tem-se destacado muito na área desportiva; ele foi o autor. E, depois, em 1995, então, foi reapresentado um outro Projeto que tramitou, e, em 1998, foi aprovado.

Também é importante dizer que foi o único Conselho Federal que foi criado sem a tutela do Estado. E a Prof.ª Jeane, o Prof. Álvaro, o Prof. Tarso Marcadela e os demais Conselheiros que estão aqui, profissionais de Educação Física, sabem muito bem a luta que foi para, primeiro, registrar os profissionais - e hoje no Brasil, são mais de 130 mil -, porque os outros conselhos recebiam um suporte governamental. Esse Conselho foi criado sem o suporte, ou seja, foi, única e exclusivamente, pela mobilização de seus profissionais, e é por isso que cresce cada dia mais.

Hoje, no nosso País, são 413 Faculdades de Educação Física, mostrando que essa questão dos profissionais é algo pujante, é algo latente, porque enxergam na profissão de Educação Física um novo mercado emergente, porque atividade física é algo que deve ser feito desde o nascimento até a morte.

Tivemos a oportunidade de participar, na semana passada, de uma reunião com o Ministro Agnelo, que esteve em Porto Alegre, e veio visitar a Escola de Educação Física da UFRGS e, depois, no sábado de manhã, foi a um café da manhã no Grêmio Náutico União, em que o Ministro teve a possibilidade de falar da Lei de Incentivo ao Desenvolvimento do Esporte. Lei essa que está, inclusive, gerando muitas discussões, porque a tendência, o que estava mais ou menos acordado, é que seria aprovada a Lei de Incentivo ao Esporte nos mesmos moldes da Lei de Incentivo à Cultura. E, naquele momento, não foi. O Ministro fez questão de ressaltar que - estou vendo também o Prof. Ricardo Zelanis, o Prof. Valter Jones dos Anjos, também colega de Educação Física -, estão sendo incluídos no Orçamento da União, para o próximo ano, 200 milhões de reais para o fomento do desporto, mas não disse de que forma serão investidos esses recursos. Então, nós vemos assim, que a cada dia que passa a atividade física está ganhando uma grande projeção. Aquilo que num determinado momento - e eu vou utilizar depois o meu tempo de Liderança, se V. Exª permitir -, era feito sob o ponto de vista da estética, viu-se que a atividade física é algo mais, que veio para ficar, e ficar para sempre. Porque a visão, os conceitos de saúde estão cada vez mais mudando essa percepção, e hoje, de forma notória, sabe-se que a atividade física ajuda muito, não só no bem-estar da pessoa, mas também na concepção de longevidade. E isso, então, são paradigmas que estão mudando diariamente. Então, essa profissão, eu volto a dizer, é uma das profissões mais lindas, porque tratar com o ser humano no dia-a-dia é algo que não tem valor, é algo indescritível, porque é um contato, é um aprender, e, ao mesmo tempo uma troca de idéias.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A partir de agora V. Exª, Ver. Professor Garcia, está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Obrigado, Presidente. E o que nós esperamos, cada vez mais, é que não só no Município de Porto Alegre, mas no Estado, no Brasil, ocorra a possibilidade de se criarem políticas públicas, de incentivo ao desporto. No próprio Município de Porto Alegre isso tem sido feito, mas ainda de forma tímida. Por exemplo: o percentual que é repassado é de 0,46% do investimento para a atividade física, para a Secretaria Municipal de Desporto, e desses 0,46%, 80% são custeio; então, sobra muito pouco.

Quero saudar, já tinha feito antes, mas agora de forma presencial, o Coronel Professor de Educação Física, Pedro Américo Leal. Hoje estamos comemorando o Dia do Professor de Educação Física, Coronel. Seja bem-vindo, porque V. Exª é daquelas pessoas que sempre faz questão de ressaltar o valor da atividade física. Também queremos registrar, e hoje já foi falado sobre a questão do Troféu Movimento, e nós tivemos a felicidade de receber o 1º Troféu Movimento quando foi instituído, eu não lembro se foi em 1991 ou 1992, ainda nas nossas lidas como técnico de atletismo, atividade da qual eu não consigo me desfazer na totalidade, porque eu tenho um filho que é atleta e continuo a treiná-lo ainda, pois continuo ainda na Faculdade de Educação Física do IPA, não mais na Direção.

Quero ressaltar que, a cada dia que passa, eu acho que esta Casa está agindo com propriedade, e quero, mais uma vez, parabenizar o Ver. João Bosco Vaz por esta iniciativa, porque, nos últimos anos, surgiram muitas leis neste Parlamento sobre a valorização do profissional de Educação Física.

Nós mesmos tivemos a oportunidade de criar os Jogos da Terceira Idade, a inclusão de vários eventos no calendário oficial, a questão da obrigatoriedade de metragem nos parques públicos, que a Prefeitura ainda não fez, porque as pessoas correm, caminham, e não sabem quantos quilômetros são efetuados.

Então, é um momento de valorização do profissional, momento em que a Casa reconhece o valor do profissional, e isso é muito bom, pois, hoje, são 413 Faculdades no País com milhares de alunos ingressando todos os anos. É um mercado vastíssimo, já falamos que envolve as pessoas desde o nascimento até a morte, seja através de atividades para a terceira idade, atividades para os portadores de necessidades especiais, atividades em hotéis, em hospitais, em esportes radicais, atividades ligadas à hotelaria, atividades desportivas e atividades essencialmente educacionais, em termos de escola. A própria legislação, com a nova Lei de Diretrizes e Bases, prevê a presença do profissional de Educação Física nas creches, de zero a 6 anos, constituindo-se num mercado novo. É um mercado que vai fazer com que a conscientização da população, cada vez mais, esteja voltada para a qualidade de vida.

E, em síntese, é o que se busca, ou seja, além da alegria e do prazer, cuidar da qualidade de vida da população da nossa Cidade, do nosso Estado e do nosso País. Obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ervino Besson está com a palavra em Grande Expediente por cedência de tempo do Ver. Wilton Araújo.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu quero parabenizar essa iniciativa do Ver. João Bosco Vaz e também saudar a Verª Sofia, professora de Educação Física, Professor Garcia, Ver. Pedro Américo Leal, professores aqui presentes.

Como já foi dito desta tribuna, os profissionais da área da Educação Física preparam os nossos jovens para a vida. Eu me recordo - Ver. Pedro Américo Leal, Cel. Marcadela, dois homens da nossa Segurança Pública, quando, em 1964, servi ao Exército, entraram no 19 RI, àquela época, 1.360 recrutas -, do Cel. Bruno Castro da Graça, uma grande figura. Esses dias, eu comentei com o Coronel Pedro Américo que, se soubesse que esse cidadão ainda estivesse vivo, iria visitá-lo com muita alegria, pelo que representou para mim e para aqueles 1.360 recrutas. Hoje, lamentavelmente, a União não tem mais condições financeiras para que os jovens possam servir à Pátria. Eu tive a graça de servir à Pátria. Nós éramos quatro irmãos, todos arrimos de mãe, e quando a minha mãe faleceu, nenhum ainda tinha servido ao Exército, mas depois todos nós servimos ao Exército. Quando vou conversar com um jovem que não quer servir ao Exército, eu o aconselho que sirva ao Exército. Não tenho dúvida que a melhor escola para um jovem é servir ao Exército, pois lá se aprende muito. Um certo dia, o Cel. Bruno Castro da Graça, professor de Educação Física, perfilou todo o regimento no pátio do 19 RI e explicou-lhes o que representava na vida de um jovem a educação física, meu caro Prof. Garcia, a imunidade que se adquire e a qualidade de vida que se obtém praticando educação física. Alguns jovens, na primeira vez, com problemas e com toda aquela choradeira; eu nunca me esqueço disso. Os meses se passaram, e, para surpresa de muitos daqueles jovens, no meio do ano, ele perfilou novamente todo o regimento no pátio do 19 RI e pediu que alguém relatasse o que sentiu no início, quando entrou no Exército, e após aquele período de meio ano em que lá estava. No Exército é obrigatório, por duas horas diárias, praticar educação física. Nós estávamos sentados no pátio do 19 RI, todos levantaram e aplaudiram o Coronel Bruno Castro da Graça.

Então, por isso, meu caro Ver. João Bosco Vaz, a sua iniciativa de homenagear o profissional de Educação Física é brilhante. Eu estou relatando este fato às pessoas que nos assistem pela TVCâmara pela importância que tem a prática da educação física, pela qualidade de vida, pois imuniza o organismo, este consegue ficar imune para muitas patologias, porque fortalece o organismo das pessoas.

Eu tenho uma filha que está estudando Educação Física; ela iniciou na ULBRA, estudou um ano de Psicologia, não gostou; fez novamente vestibular para Direito, alcançou uma excelente nota, também não gostou, e agora pendeu para o lado da Educação Física. Veja o que é o destino, não foi forçada por mim nem pela mãe, mas pendeu para o lado da Educação Física. Que bom!

Portanto, esta homenagem extremamente merecida aos professores de Educação Física, pelo que representa hoje a Educação Física nas nossas escolas e para a qualidade de vida dos nossos jovens.

Mais uma vez, parabéns, Ver. João Bosco Vaz, pela idéia; parabéns aos educadores e professores de Educação Física, à Verª Sofia Cavedon, ao Ver. Carlos Alberto Garcia; parabéns a esse nosso exemplo de Vereador, de homem, de cidadão, Coronel Pedro Américo Leal, ao Coronel Tarso Marcadela também, que é professor na área de Educação Física; esta Casa sente-se hoje extremamente honrada em prestar esta homenagem. Vida longa, muita paz e muita saúde para todos. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Srª Jeane Cazelato, Presidenta do Conselho de Educação Física, está com a palavra.

 

A SRA. JEANE CAZELATO: Boa-tarde a todos. Não tenho o dom da palavra como os Vereadores, mas vou tentar expressar o que eu gostaria de falar a todos. Cumprimento o Vereador-Presidente, Elói Guimarães; o Presidente da Associação dos Profissionais de Educação Física, meu amigo Álvaro Laytano; o professor Tarso Marcadela; nosso Conselheiro Federal e Vereador, Professor Garcia, meu colega de Faculdade; a Verª Sofia Cavedon, formada em Educação Física; o Diretor da Fundergs, Professor e Conselheiro do Rio Grande do Sul, Edgar Meurer; o Conselheiro Francisco Menezes; o Conselheiro Casanova; a Fiscal do Conselho, Professora Nora; nosso colega Luiz Martins; Maria Aparecida; Coronel Daniel; advogado e profissional de Educação Física, Valter Jones dos Anjos, senhores da imprensa, demais colegas; também gostaria de falar no nosso amigo, que será por nós intitulado “Profissional de Educação Física honoris causa”, Ver. João Bosco Vaz, gostaria de saudá-lo pela iniciativa e quero que saiba que será sempre lembrado pela nossa categoria como um dos nossos melhores amigos. Também saúdo os nossos demais amigos Vereadores, os funcionários da Casa, que também são usuários dos nossos serviços, e pela aceitação da proposta do Coronel Ver. Pedro Américo Leal, também nosso colega, profissional de Educação Física. O que eu gostaria de dizer é que nós, profissionais de Educação Física, temos muito o que comemorar nesses, praticamente, quatro anos de efetivo trabalho, os dois primeiros foram de instalação do Sistema CONFEF/CREF. O Sistema amadureceu e tem demonstrado, através das suas ações, a coesão entre os conselheiros, os representantes e os funcionários, para o resgate da auto-estima e a valorização da nossa profissão. A resposta tem sido imediata, temos, atualmente, mais de 130 mil profissionais inscritos no Sistema. E, no Rio Grande do Sul, nós somos mais de 7 mil inscritos. O mercado de Educação Física, agora, como profissão regulamentada, merece muitas reflexões, tanto do Conselho de Fiscalização como das instituições formadoras.

Estamos em uma nova era da Educação Física. Nós, os formados em Educação Física, precisamos desempenhar as nossas funções, identificando não somente os conhecimentos, competências e habilidades adquiridas na nossa formação acadêmica, mas, também, os conhecimentos agregados e específicos de uma determinada intervenção. A abrangência do nosso campo de atuação e a variedade de interesses e necessidades da população, em relação às atividades físicas e esportivas, definem especialidades e conhecimentos que não são do domínio geral, são apenas dos egressos do curso de Educação Física. Por isso a necessidade de especialização, porque hoje o diploma de bacharel ou de licenciado é apenas o começo de uma profissão.

Quando a sociedade era simples, não havia a necessidade de diplomas, nem de profissões regulamentadas. Hoje, nós temos 29 profissões regulamentadas e mais de 500 querendo a regulamentação. Temos aproximadamente 450 cursos de Educação Física no Brasil, 40 no Rio Grande do Sul. O exercício corporal é uma exigência, tendo em vista o estilo de vida sedentário que nós temos adotado como resultante da tecnologia moderna. Da mesma forma que o esporte, um dos fenômenos mais marcantes em todos os tempos, como o futebol, a dança, as lutas e outros tantos, como expressão artística e cultural, cada vez mais exigem recursos humanos bem preparados para produzir os valores inerentes às suas práticas.

A criança não necessita de um profissional de Educação Física para dar os seus primeiros passos, como também os alunos não precisam de registro profissional para brincar de pega-pega, de roda, assim como os atletas ou os artistas não precisam do registro profissional para praticar judô, equitação, capoeira, artes marciais, lutas, dança, ioga, ou qualquer outro esporte, que, também, a gente chama de manifestação cultural, manifestação artística. Porém, se qualquer criança, qualquer adolescente, qualquer adulto, idoso, ou pessoas com necessidades específicas precisarem de uma orientação para aprimorar sua habilidade de correr, de andar, saltar, ou qualquer outra atividade física, deverá contar com o serviço de um profissional de Educação Física, pois somente ele e só ele é o único profissional especializado em exercício humano. Nós não somos especialistas em jogar ou dançar, nós não somos atletas, nem professores de bola; nós somos especialistas em movimento humano, para prevenir doenças, manter a saúde e a qualidade de vida.

A nossa profissão é organizada e regulamentada; não é mais o que foi descrito, agora há pouco, pela Verª Sofia. E, concordando com o que ela disse, o aluno e o professor têm direito a não querer ser campeão. Então, a nossa profissão é regulamentada e organizada, e isso significa que a sociedade e o governo reconhecem a sua relevância para o bem social e definem as responsabilidades e competências de seus profissionais.

Então, o Conselho de Educação Física, por delegação do Poder público – nós somos uma autarquia federal -, é a instituição que assume a organização da profissão, delimita o seu espaço no mercado de trabalho, discute a qualidade dos serviços prestados, de acordo com o nosso Código de Ética, e é, também, o Conselho de Educação Física profissional que hoje está aqui e que agradece ao Ver. João Bosco Vaz pela lembrança, pela sua amizade e pelo reconhecimento da profissão, bem como aos demais Vereadores que concordaram com esse ato. Muito obrigada. (Palmas.)

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ao encerrarmos o presente Grande Expediente, que homenageou o Professor de Educação Física, queremos agradecer, em especial, ao proponente desta homenagem, Ver. João Bosco Vaz, e saudar o Prof. Álvaro Laytano, Presidente da Associação dos Profissionais de Educação Física; a Prof.ª Jeane Cazelato, Presidenta do Conselho Regional de Educação Física; o Prof. Tarso Marcadela, brilhante jovem Coronel da Brigada Militar; e os demais integrantes aqui já nomeados, assim como as diversas entidades ligadas à Educação Física. Queremos dizer que a Casa se sente honrada pela oportunidade de prestar esta homenagem, e gostaria de lembrar rapidamente - já que o Presidente deve presidir e não falar, mas, se não estivesse na Presidência dos trabalhos, usaria a tribuna - o velho preceito romano que diz: mens sana in corpore sano, ou seja, o corpo estando são, a mente, em conseqüência, estará sã. Por outro lado, quero dizer que a Educação Física é um pressuposto - físico - ao exercício de qualquer atividade esportiva. Aliás, nem poderia ser diferente, até por uma questão de segurança física. Aquele que adentra a prática do esporte precisa estar fisicamente preparado, e onde vão-se encontrar a ciência e a técnica para o preparo desse atleta é, exatamente, na Educação Física. Vejam a importância da atividade que foi relegada, é bem verdade, hoje resgatada, mas, no passado, esteve, por assim dizer, discriminada; todos lembramos os períodos escolares, principalmente o primário e o ginásio, em que se tinha apenas e tão-somente uma aula de Educação Física por semana, quando se deveria ter todos os dias. Também era uma disciplina - e já se disse aqui - em que não se precisavam atingir determinados pontos; outro equívoco, a juízo deste Vereador.

Com essas palavras nós queremos suspender a presente Sessão para os cumprimentos às autoridades da Educação Física presentes, e, mais uma vez, gostaríamos de saudar essa grande profissão, essa grande atividade, importante em todos os aspectos, até porque a obesidade é algo que somente agora está sendo discutida, e exatamente a Medicina, o médico para o tratamento da obesidade é o professor de Educação Física. Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h14min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães - 15h16min): Estão reabertos os trabalhos. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Ausente. O Ver. Valdir Caetano está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Ausente. O Ver. Almerindo Filho está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Ausente. O Ver. Beto Moesch está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Ausente. O Ver. Carlos Pestana está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Ausente. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em Grande Expediente por cedência de tempo do Ver. Beto Moesch.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu acho que fazer denúncia é algo muito responsável, e eu raramente venho a esta tribuna fazer qualquer denúncia. Mas como eu já fiz uma denúncia e deram aqui (Mostra documento.) uma desculpa que eu entendi ser esfarrapada, eu devo buscar uma solução, devo dar continuidade à denúncia formulada na tribuna.

Eu falei do contrato assinado pela Prefeitura por adjudicação no valor de 816 mil reais, sem que tivesse havido licitação, tentando a Prefeitura alicerçar-se na Lei das Licitações, o que não a enquadra conforme ela pretenderia. Ela adjudicou a Petrobras. A Lei das Licitações usada pela Prefeitura diz, no art. 24, inc. VIII (Lê.): “Para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado”. A Petrobras, no seu estatuto, na sua formação, não tem registro de empresa pavimentadora, não tem registro no CREA. Isso eu disse aqui, mas parece que preguei ao vento, então, devo dar continuidade.

Eu tenho em mãos o Edital da Prefeitura de Viamão em que a Petrobras participou da licitação e perdeu. Nesse Edital, o valor é quase o mesmo, em torno de 600 mil reais, (Lê.): “Contratação de serviço de aplicação de tratamento superficial duplo com emulsão modificada por polímero, a frio, em diversas ruas do Município com extensão de 6,58Km, correspondente a 61.404 metros quadrados”. E a Petrobras perdeu. Claro, a Prefeitura de Viamão não tem uma poderosa Procuradoria jurídica como há aqui. De repente, o Prefeito em exercício hoje não poderia, se realmente fosse interpretado juridicamente ser Prefeito em exercício, mas aceitou sê-lo. Mas, de qualquer forma, houve uma licitação, houve um vencedor, que não foi a Petrobras, e estão definidos quantos metros quadrados serão pavimentados e quanto custa o metro quadrado pavimentado. E esta Procuradoria, de 60 Procuradores, permitiu que se fizesse um Contrato que não diz quais ruas serão asfaltadas, não diz quantos metros quadrados, não diz quanto custa o metro quadrado.

Há algum tempo, eu vim a esta tribuna e - é a segunda vez que eu faço uma denúncia - denunciei, reiteradas vezes, carta-contrato da Prefeitura, e Vereadores acharam que eu estava brincando. Mas, no dia em que eu levei ao Ministério Público, o Ver. Guilherme Barbosa - que deu uma desculpa quando eu denunciei este Contrato da Petrobras com a Prefeitura - deu risada: “Ah, Ministério Público!” Quando eu disse que o Ministério Público formulara a denúncia e o Tribunal a aceitara, ele me perguntou ainda se eu não queria denunciar os Prefeitos Tarso Genro e Olívio Dutra, já que eu estava denunciando o Prefeito Raul Pont. Eu lhe respondi, com a tranqüilidade de sempre, que, se fosse necessário, eu tinha os documentos na minha mão para fazê-lo, mas como eu não havia alertado a eles que não era para fazer aquilo, eu não havia encaminhado denúncia contra os dois. Mas os três fizeram a mesma coisa. Mas, quando eu disse que o Tribunal aceitara a denúncia, riram.

Agora, quando, em primeira instância, o Prefeito Raul Pont foi condenado a oito meses e dez dias de cadeia, está sendo julgado no Tribunal, foi pedido vista sobre o Processo em que ele é réu por duas ações, eles não riram. Como eu não tive a resposta que eu gostaria, em que faltou, no Contrato, o detalhamento das ruas que serão atingidas, beneficiadas, e qual a extensão em metros quadrados, vou fazer uma representação na Procuradoria de Defesa do Patrimônio Público, porque eu acho que o patrimônio público está sendo lesado.

Esse Contrato é um negócio muito estranho. Se a Lei diz que tem de fazer licitação, se este País faz licitação para tudo e obriga a comprar pelo preço mais baixo, e se a Petrobras não tinha o preço mais baixo ali em Viamão, será que tem em Porto Alegre?

A Prefeitura simplesmente abusou quando adjudicou 816 mil reais sem dizer quantos metros quadrados serão pavimentados ou repavimentados nesta Cidade, sem dizer quanto custa esse metro quadrado de pavimentação ou repavimentação. Agora, uma Prefeitura pequena como a de Viamão, tem um modelo de licitação que deve servir à Prefeitura de Porto Alegre ou à sua poderosa Procuradoria, com o CESO - Cadastro de Executantes de Serviços e Obras -, com tudo que está lá criado, mas parece que alguns estão acima da Lei e da própria organização da Prefeitura, que tem o CESO. Eu acho que a Prefeitura tem que aprender um pouco com o Ministério Público, também.

Então, vamos com essa ação ao Ministério Público. Na próxima semana, estarei dando entrada; já pedi que fosse formulado, pelo meu advogado, o que for necessário para que o Ministério Público me dê a resposta que a Liderança do PT, que neste momento não está aqui, não me deu. Saúde e PAZ!

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Encerrado o período de Grande Expediente.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

A Verª Clênia Maranhão está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Dr. Goulart.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores que nos assistem nas galerias e também pela TVCâmara, quero saudar a todos. A Cidade está vivendo as festividades da Semana Farroupilha, e o Presidente Ver. Elói Guimarães, que está na presidência dos trabalhos, é um gaúcho que orgulha o Rio Grande, pela tradição, pelas Cavalgadas do Mar, enfim, por todos os eventos do nosso tradicionalismo, e tenho certeza de que, como este Vereador, o Ver. Elói, todos os Vereadores desta Casa já se fizeram presentes no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho; milhares de pessoas freqüentam o Parque.

Eu não sei se existe um outro evento, Ver. João Antonio Dib, que consegue ter freqüência de tantas pessoas como na nossa Semana Farroupilha que se dá aqui ao lado, são nossos vizinhos, vizinhos da Câmara Municipal. Uma minicidade todos os anos instala-se no Parque. Ontem à noite – está na capa do jornal O Sul de hoje – (Mostra o jornal.), por exemplo, o Governador do Estado se fez presente. A Cidade merece ver essa foto, o que representa a Semana Farroupilha para a nossa Porto Alegre, não só para Porto Alegre, mas também para outros Municípios que se fazem presentes. Só que, no Parque, o churrasco não é assado a gás, podemos ver, pela foto do jornal, as labaredas de carvão, os costelões sendo assados com carvão. O tradicional churrasco do gaúcho não é a gás, é a carvão. Então, se alguém tem alguma dúvida nesta Casa, o nosso tradicional churrasco é a carvão, e não a gás, como algumas pessoas tentam colocar, dizendo que o churrasco a gás tem o mesmo gosto do churrasco a carvão; muito longe disso! Churrasco nosso é a carvão, e muita carne, durante todo dia, sendo assada aqui no nosso Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Repito, é a carvão o nosso tradicional churrasco.

Só que quem o freqüenta enxerga que há muito o que se fazer no nosso Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. O próximo Prefeito desta Cidade terá de olhar o Parque de uma forma diferente. Como já disse no início do meu pronunciamento, as milhares de pessoas que freqüentam o Parque durante a Semana Farroupilha mereceriam ter um visual melhor da conservação do nosso Parque. Na abertura, Ver. Luiz Braz - acho que V. Exª também se fez presente -, era um dia de muito calor, o sol muito forte, os mosquitos estavam insuportáveis. Não sei o que é, mas deve existir algum esgoto no meio do Parque, e também existe um lago que está totalmente abandonado. É um verdadeiro criatório de mosquitos. E, agora, com a chuva, quem freqüenta o Parque vai concordar com o que eu estou colocando aqui nesta tribuna, é muito barro. É uma situação precária, porque falta uma conservação no Parque. Por que não recuperar esse lago? Hoje já é um ponto turístico para a nossa Porto Alegre. Vamos recuperar esse lago, vamos fazer uma apresentação melhor aqui no Centro da cidade de Porto Alegre, local vizinho aqui desta Casa, onde estão os 33 Vereadores, representantes legítimos da cidade de Porto Alegre. Vamos recuperar esse Parque, vamos dar um visual convidativo para ele. Existe ali um esgoto, ou o que é? Não é possível ocorrer isso no meio de um Parque onde há freqüência de mais de um milhão de pessoas, Ver. João Antonio Dib.

O Parque merece uma conservação melhor. Vamos recuperar aquele lago, fazer um visual bonito daquele lago; o custo é pouco, não custa milhões. E tem aquele esgoto no meio daquelas árvores, e, quando chove, as pessoas têm dificuldades. Todos os que têm oportunidade, os Vereadores e Vereadoras, os funcionários, todos - eu acho - freqüentam o Parque, como a maioria da cidade de Porto Alegre, poderão concordar ou não com o meu pronunciamento: vamos recuperar esse Parque, o lago, vamos fazer um encanamento. Não sei se é um esgoto que existe E há o lago que está aqui na entrada, perto de onde foi construído um dos melhores salões de Porto Alegre, onde cabem, pelas informações que temos, 1.200 pessoas sentadas. Ver. João Antonio Dib, nós temos poucos salões dessa estrutura em Porto Alegre, e isso nós temos aqui no Parque. Então, merece ter uma conservação melhor.

Fica aqui esse alerta para o próximo Prefeito. E esta Câmara também tem de ser parceira para dar condições para a nossa tradição, para os CTGs. São centenas e centenas de piquetes lá instalados, eles precisam de melhores condições para receber os freqüentadores do Parque. Nós temos aqueles piquetes que são instalados com as costaneiras, que era o "lixo" da madeira das serrarias e ia fora; hoje não, são madeiras "nobres" usadas para construir os piquetes, Ver. Elói Guimarães.

Portanto, fica aqui esse alerta para os próximos Prefeitos, juntamente com os CTGs, com os piquetes, juntamente com toda essa equipe da nossa tradição gaúcha, que está aqui representada por esse extraordinário Líder, o Ver. Elói Guimarães. E temos o Vilmar Romera, homem que carrega no peito, no sangue, a tradição do nosso Rio Grande.

Portanto, juntos, os Vereadores que estarão aqui no ano que vem, e o próximo Prefeito, temos de ter essa parceria para recuperar e dar condições e um visual melhor do que tem hoje ao nosso Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, porque milhares e milhares de pessoas freqüentam o Parque na Semana Farroupilha. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisto pelo orador.)

 

(O Ver. Pedro Américo Leal assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Pedro Américo Leal): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra em Comunicações e falará, também, no tempo que lhe cede o Ver. Elias Vidal.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sou grato ao Ver. Pedro Américo Leal. Já disse em outra oportunidade: ele fará falta nesta Casa no ano que vem. Mas, Ver. Pedro Américo Leal, V. Exª que preside os trabalhos, e Srs. Vereadores, nós, hoje à tarde, à noitinha, vamos ter uma Sessão de homenagem à Semana Farroupilha, bem como, a entrega do Troféu Glauco Saraiva. A Casa, por meio do seu coral, vai-se apresentar, nessa Sessão de hoje à noitinha, e trará um número, nós já havíamos falado, o Piazito Carreteiro. Bem, mas, evidentemente, falaremos especificamente a respeito da matéria no momento da referida Sessão Solene.

Pretendemos agora, fazer uma abordagem, neste tempo, a respeito daquele espaço, o espaço do gaúcho, aquele modelo de estância que é a Estância da Harmonia, aqui no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Nós, há um mês atrás, referimo-nos às condições materiais ali existentes, e preconizamos, propomos, através de Pedido de Providências, uma série de medidas que, a nosso juízo, deveriam ser adotadas, não só nos aspectos do seu embandeiramento festivo, pintando-se os moirões, as mangueiras, os galpões com as cores do Rio Grande, com as cores que simbolizam a nossa Bandeira, Ver. João Antonio Dib, bem como sugerimos que se fizessem alguns envaletamentos, porque isso permitiria, exatamente, fazer ali um enxugamento do terreno, dado que se trata de uma área úmida, onde, no passado, era rio.

Todos sabemos que, quando era Prefeito o inesquecível ex-Governador Leonel Brizola, ali foi feito o aterro, e é uma área, vamos dizer assim, de costado de Rio Grande do Sul; logo, ela tem um lençol freático muito grande. Então, uma série de providências se fazem necessárias ali. Até porque há uma demanda muito grande, há todo um volume, um fluxo muito grande de pessoas que para ali acorrem, e as condições oferecidas deixam a desejar, não é muito. Tudo a desejar, pela significação da participação popular, dos milhares e milhares de pessoas que, durante um mês freqüentam o local.

A Semana Farroupilha está constituída, hoje, em Porto Alegre, na maior festa do Estado do Rio Grande do Sul, uma das maiores festas brasileiras. Anotem: uma das maiores festas brasileiras! É um mês, Vereador-Presidente, Pedro Américo Leal, de interação, confraternização, integração, civismo, tradição, cultura. Então, a área merece que nela se invista, porque ali está a população de Porto Alegre. Estão ali os gaúchos, porto-alegrenses; alguns vêm, é bem verdade, de outras querências, de outros Municípios, e até de fora do Estado. Estão ali aqueles que contribuem com os tributos, e mereceriam, merecem um atendimento compatível, porque para ali vão as famílias, vão crianças, velhos, pessoas idosas, crianças de colo - e tudo isso precisa, reclama, um tratamento especial.

E vejo, aqui, na assistência, dois gaúchos maragatos, lenços colorados, prestigiando a nossa Sessão.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador Elói Guimarães, V. Exª tem toda a razão. Realmente, a cada ano que passa, a importância do evento cresce pela presença dos nossos tradicionalistas.

E, hoje, pela manhã, ouvindo o rádio, realmente, eles levantavam problemas como os que V. Exª está apontando, e não é pouco o que falta. Falta tudo!

O que precisa ser feito é uma drenagem muito bem feita, o que não é fácil, vai custar um pouco de dinheiro, mas será permanente.

E eu acho que isso pode acontecer, como no estádio de futebol, que tem drenagem boa, e não tem problema nenhum, como no Beira-Rio.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Eu tenho uma opinião no que respeita ao cercamento de parques. Devo dizer que, em principio, sou contra. Por exemplo, há um movimento para cercar o Parque Farroupilha. Sou contra! Mas, vejam, ali, aquele espaço gaúcho, a Estância da Harmonia, pelas características, pela freqüência, etc. e tal, nós vamos pensar seriamente no cercamento, no sentido da segurança.

É bem verdade que todos têm o direito de participar, e devem participar. Mas não podemos perder a finalidade da Semana Farroupilha.

Por outro lado, não podemos transformar a Estância da Harmonia, as festividades, num grande festão. Não é isso! Vejam, a Semana Farroupilha não é um grande festão!

A Semana Farroupilha é um espaço onde se tributam homenagens, e há toda uma série de convivências cultural-nativistas, gaúchas, rememorando a Semana Farroupilha, através de um processo de inteiração cultural, onde se vêem as diferentes apresentações artísticas, onde se trocam e se debatem questões do interesse das tradições gaúchas, onde se elevam ao mais alto, vamos dizer assim, os valores farroupilhas: os valores da solidariedade, da fraternidade e da bravura que o gaúcho tem - valor importante. Ao longo da história, ele teve um papel decisivo na incorporação desta parte meridional da Pátria ao Brasil. É aquilo que se diz: o gaúcho é gaúcho por convicção, por decisão; não é por acidente geográfico. Ele mesmo, com as suas armas e seus cavalos traçou os lindes meridionais da Pátria comum.

Portanto fica aqui a nossa manifestação, desejando que os festejos, que todas as atividades da Semana Farroupilha, que toda essa cultura que ali se desenvolve tenha pleno êxito. E espera-se que num futuro breve haja, ali, reunidas, todas as condições materiais para bem se atender à finalidade para a qual existe a Estância da Harmonia, o Espaço do Gaúcho, bem como as comemorações da nossa Semana Farroupilha.

Aproveitando este tempo quero dizer que esse acontecimento nos pertence e haverá de sobreviver ao longo dos tempos para, cada vez mais, fazer do homem e da mulher aquilo que se espera, que é ter verticalidade de conduta, honradez, dignidade, que fazem parte dos valores todos preconizados pela Revolução Farroupilha. Obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

(O Sr. Elói Guimarães reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Ervino Besson.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, venho à tribuna com este adesivo do Rio Grande do Sul colado ao peito em homenagem à Semana Farroupilha. Quero dizer que eu estou encantado com a grande festa farrapa aqui ao lado, no Parque da Harmonia. Claro que é momento de reflexão, claro que é momento de tradição, de veneração dessa maravilhosa bandeira que foi desfraldada na entrada do Parque da Harmonia. Que coisa linda o pavilhão rio-grandense lampejando nessa ventania da primavera tão linda, ao nosso minuano.

Há uma propaganda no rádio, Ver. Pedro Américo Leal, que exalta as qualidades de um automóvel chamado Celta, que é fabricado pela GM, na cidade de Gravataí. Mas a beleza é que, na propaganda, o gaúcho canta uma música nordestina que tece loas ao amor e chama o amor de xodó - claro que o xodó é o automóvel -, mas num tom gauchesco. E essa mescla do vaqueiro do Nordeste e do vaqueano do Sul produziu uma das mais lindas formas de propaganda e de beleza num sotaque gaúcho.

Reúnem-se, no Parque da Harmonia, para notícia no País e no mundo inteiro, uma quantidade imensa de CTGs e de tradicionalistas - e com o perdão, não da discordância, mas do acréscimo, Ver. Elói Guimarães - para essa festa fantástica da tradição, de alegria, de música, de dança, de culinária, de uma cultura extraordinária, de um passado não menos extraordinário de um Estado maravilhoso, que para nós tem gosto de raiz, tem gosto de terra, tem gosto de chão. E os cavalos que ficam por ali por perto, na sua beleza anatômica, que representam a potência pela sua envergadura, mostram o que foi, o que é e o que será o homem do Sul.

E como diz o nosso "hino": "Sim, eu sou do Sul!"

Essa questão do Rio Grande, tão cheio de altanaria, deveria servir de exemplo para as colunas vertebrais mais vergadas ao estrangeirismo, para que nós mantivéssemos essa soberania que veneramos. A cada vez que venho do Parque da Harmonia, onde almoço diariamente até o dia 20 de setembro, fico encantado com o crescimento fantástico dos CTGs, que deixaram de ser apenas cultivo das tradições para ser convívio, para ser clube, para ser solidariedade, para ser enriquecimento.

“Como a aurora precursora/ Do farol da divindade./ Foi o 20 de setembro/ O precursor da liberdade./ Mostremos valor, constância/ Nesta ímpia e injusta guerra,/ Sirvam nossas façanhas/ De modelo a toda terra./ Mas não basta para ser livre/ Ser forte, aguerrido e bravo;/ Povo que não tem virtude,/ Acaba por ser escravo”. Sirvam nossas façanhas de modelo a toda Terra e ao infinito!

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Gerson Almeida está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, amigos Vereadores, no dia 13 de janeiro, Vereadores recebem Portaria da Presidência solicitando ramas de mandioca para serem remetidas à Câmara Municipal da Capital de Santa Catarina; corria o ano de 1876, Ver. João Antonio Dib. Por que é que a gente que agora é Vereador – quantos anos já passaram! – não pede a mesma coisa ou coisa parecida, estabelecendo hortas em todo e qualquer terreno baldio que exista na Cidade, incentivando os seus moradores com um pequeno desconto em algum desses festivais de impostos que nós pagamos; garantindo para as próprias famílias a alimentação sadia de uma horta, até com uma possível troca de legumes e verduras entre as pessoas? Com incentivo, sim, do Governo Municipal – repito – com um pequeno desconto em algum imposto.

Desculpem-me se me julgarem propositor de alguma idéia estapafúrdia, mas pensem nisso, pelo menos.

O meu amigo, Ver. Ervino Besson, poderia encampar comigo essa idéia, porque é a sua área. Quem sabe, tratar um terreno, Ver. Ervino, e tirar dele o sustento da família? Uma horta doméstica, muitas hortas domésticas, centenas, milhares delas espalhadas pela Cidade! Verduras sem agrotóxicos, mais saúde para a população, menor despesa com verba para saúde, economia financeira da população! E os grandes hortifrutigranjeiros continuariam vivendo tranqüilamente no abastecimento da população que habita apartamentos e mansões nas cidades.

É uma idéia que não é minha; veio do Sr. Marcos Vicente, que mora na Rua Guananas, nº 321, no Bairro Espírito Santo, em nossa Capital. E o Sr. Marcos tirou essa idéia da cidade de Curitiba, que já adotou o sistema da horta doméstica, e com sucesso. E ainda acabaríamos com as criações – pode-se dizer assim – de ratos, baratas, mosquitos; os terrenos baldios teriam outra finalidade. Vamos pensar nisso.

A gente anda pela cidade de Porto Alegre de forma permanente, por gostar da Cidade - principalmente à noite, sou boêmio - e pela função de Vereador, que exige que a gente fiscalize a Cidade. Contata-se uma coisa: é incrível como estão andando agora, em 2004, as obras da Prefeitura de Porto Alegre! É incrível como se desenvolve de forma rápida a execução de obras que estavam atrasadas! É incrível como, da noite para o dia, notamos profundas transformações em nossas rótulas, onde vão surgir viadutos que completarão várias avenidas com obras em andamento. Tudo isso seria fantástico e mereceria aplausos se essas obras não tivessem ganho atenção neste ano, que é eleitoral. Obras e mais obras vão surgindo como se a máquina do Governo Municipal estivesse dentro do cronograma das datas estabelecidas para entrega das mesmas. Chamou-me atenção um morador das proximidades do aeroporto; ele garantiu que o visual das obras muda da noite para o dia. Em ano eleitoral, obras a todo vapor, o que impressiona as pessoas menos atentas às coisas da Cidade.

Que bom seria se todos os governos trabalhassem com a mesma dedicação, com a mesma presteza, com a mesma eficiência que o fazem quando o ano é de eleições. Mas como o tempo se encarrega de tudo neste mundo, a população já entendeu esse recado que é dado em todas as temporadas eleitorais: obras eleitoreiras, pois já deveriam estar terminadas há muito tempo.

Eu quero cumprimentar a Promotora Sandra Ventura, que briga na Justiça na mesma trincheira que eu e grande parte dos moradores de Porto Alegre: limpeza urgente nos postes da Cidade. As propagandas políticas determinaram, mais uma vez, uma desgraçada poluição visual, além dos prejuízos que teremos nas próximas chuvas fortes com os plásticos que estão entupindo os nossos bueiros, o que causará, de novo, inundações na Cidade e prejuízos financeiros para o Município.

Eu não tenho mais tempo e não gosto de “estourar” horário, mas eu queria endossar rapidamente as palavras ditas pelo Ver. Guilherme Barbosa a respeito da reação econômica em nosso País. O Brasil experimenta, sim, um novo crescimento, e já há alguns meses toda e qualquer pesquisa, balanço ou levantamento que é feito no País dá indícios de melhora acentuada em todos os segmentos. Sempre fui um homem de críticas ao Governo, há 40 anos, como comunicador, mas, acima de tudo, eu sou um brasileiro sonhador que quer porque quer que este País se ajeite, e, conseqüentemente, a vida do seu povo passe a ser menos cansativa, aborrecida e sofrida como vem sendo. Mas toda e qualquer melhora eu saúdo com a alegria de um cidadão comum que torce pela sua Pátria e pela sua gente. Não me interessa se o Governo é desse ou daquele Partido. Nos sinais de melhora da economia brasileira, a minha alegria e a renovação da minha esperança de que é possível, sim, termos um Brasil melhor. Não morro de amores por nenhum homem ou mulher da vida atual política brasileira, não mesmo! Mas eu sou um eterno apaixonado pelo meu País. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Encerrado o período de Comunicações.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito seja feita a verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Solicito seja procedida à chamada nominal, por solicitação do Ver. João Antonio Dib, para verificação de quórum. (Após a apuração nominal.) Há sete Senhores Vereadores no plenário.

O Ver. João Antonio Dib pede a nominação dos Srs. Vereadores presentes no plenário: Ver. João Antonio Dib; Ver. Ervino Besson; Ver. Cláudio Sebenelo; Ver. Luiz Braz; Ver. Pedro Américo Leal; Ver. Haroldo de Souza e, evidentemente, este Vereador que lhes fala.

Eu quero agradecer às Sras Vereadoras e aos Srs. Vereadores, bem como a todos que acompanharam a presente Sessão. Também quero dizer da satisfação de ter dirigido os trabalhos. Desejo bom fim-de-semana a todos, e, em especial, boa Semana Farroupilha, bom Dia 20 de Setembro, quando comemoraremos, aqui, na Av. Perimetral, o Desfile da Semana Farroupilha, que se constituirá, também, num desfile temático com diversas apresentações de diferentes estágios da história cultural e indumentária do Rio Grande do Sul, no período da Revolução de 1935. Obrigado.

Não havendo quórum, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h03min.)

 

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